Pratos tradicionais como pastel e até pipoca ganham várias releituras.
A moda "gourmet" tomou conta do mercado de alimentação e surgem, a cada dia, releituras de pratos tradicionais. Tem pastel e até pipoca gourmet. Usar a criatividade é a regra na hora de investir nesses produtos diferenciados na qualidade e no preço.
Pastel e caldo de cana já é uma parceria consagrada, mas normalmente não andam tão arrumados. É que os donos de uma pastelaria em São Paulo resolveram melhorar o que já era bom. E assim nasceu o pastel "gourmet".
"A gente põe uma quantia de cream cheese, depois vamos para o salmão, que já foi preparado e é feito no molho branco, legumes mistos e aí um temperinho que é o manjericão, que é para dar um toque diferente no pastel", explica Mauro Dias, sócio d'A Pastella.
Essa receita a gente não vê toda hora, mas até as preferidas nas barraquinhas de feira ganham um toque "gourmet". A massa é segredo de um dos sócios, ex-chef de cozinha de um restaurante "top" da alta gastronomia.
A palavra "gourmet" que dá a qualquer comida um outro "status". O prato pode ser ou não mais saboroso que o primo pobre, depende do gosto do freguês,mas certamente vai custar mais.
Mas será que só pegar uma receita tradicional e deixá-la mais sofisticada já é o suficiente pra chama-la de gourmet e, por isso, cobrar mais caro? É isso que o Jornal da Globo foi perguntar para a chef de cozinha Andrea Kauffman: afinal de contas, o que é gourmet?
"Eu acho que quando as pessoas dizem 'gourmet', as pessoas estão querendo dizer que é um produto com 'cuidado', que é um produto que vai ser elevado a uma outra categoria, uma categoria acima do que a gente está acostumado a ver", afirma a chef Andrea Kauffmann.
Por exemplo: pipoca. Milho, óleo, esquenta, espera, estoura. Isso todo mundo sabe fazer. Mas no estilo gourmet, a pipoca está longe de ficar pronta. Ainda vai ser "saborizada" ou "gourmetizada". Algumas têm sabor de caramelo com flor de sal, mas também tem com noz-pecã e coco, além das salgadas, de trufa branca, curry com mostarda ou lemon pepper.
E a pipoca ainda é colocada nessas latinhas, para continuar crocante por até quatro meses. A dona da empresa diz que, desse jeito, a pipoca ampliou seus horizontes para além do cinema ou da sala de casa.
"Claro que ela também pode aparecer nesses universos. Mas a ideia era inovar. Então, onde ela não está? Ela não está em um casamento, de repente, ela não está em um desfile de moda, ela não está numa vernissage de uma galeria. A gente começou a abordar esses canais para surpreender, para inovar, para levar uma novidade para o cliente", diz Adriana Lotaif, dona da Pipó Gourmet.
fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/10/comida-gourmet-torna-se-um-negocio-lucrativo-em-sao-paulo.html
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